sexta-feira, outubro 13, 2006

Interminável



Silêncio
Onde tudo começa e acaba
Uma vez, outra vez
De todas as estrelas por contar
Em que o sorriso te fez
Interminável história de encantar

E o círculo nunca se fecha
É uma linha elástica sem potência para se romper
E tudo fica para nunca terminar a obra
Tudo fica para jamais inverter a manobra
Assim é o meu viver

Hoje mais uma vez o prato virou
E porque novamente foi colocado na mesa
Certa vez igual a certa vez de outrora
Quando tudo dormia
Por se acordar um dia
Mas nada lavrará o desígnio traçado a cada hora

Porque com o teu aroma tudo volta à mesma rua
Onde não há sol nem lua
E tudo morre em sonhos que choram
Desejos que se calam porque nunca foram
São.
Coração
Inflamado em tesouro
Sem canto de sereia
Porque o céu não deu voz
Escorreu-se o sangue da veia
Murmúrio de ficarmos sós.

Silêncio
É onde tudo começa e acaba
Interminável estrada que não corre
Onde tu te desfazes e o sorriso morre…

Morre e morre e morre...
Quantas vezes terá ele de morrer?