sábado, abril 08, 2006

Imerso Nome
















Imerso Nome

Tu que te chamas nome
E dás nome ao que já tem nome
Teu nome é submissão.
Vives como escravo subserviente
Teu pecado é não dizer não.

Encaixas tudo dentro de nada
Não tens piedade do que é verdadeiro
És luz exaustiva
Iluminas quem não vê por inteiro
És água permissiva.

Tu que nome dás ao nome
Não vives, morres por dentro
Vais torturando a verdade até que
o limite sufoque o teu imerso centro.

Tu que te dás por tudo
Não és nada…
És somente veste imunda
Coberta de palavras sujas
Pólvora seca
Criação canibalesca.

Tu que te dás por tudo
Tenho pena de ti…
Baptizas com lágrimas
A imitação do ouro.
És gel e brilhantina
Mulher e Homem
Pó de arroz e plasticina.

Tu que por nome te dás
Não és mais do que espelho de neblina...