quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Paro, Respiro e Agarro

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Paro
Centro o olhar no infinito cego
Respiro o pó do mundo
Retenho a solidão de tudo
Inspiro ao segundo

Paro
Escuto através de mim
E dou voz ao silêncio
Casulo o fim
E jorra sangue intenso

Borboleta…

Paro
Agarro a minha mão,
Assim,
Com o coração…
E invento a lei
Dou a si o meu corpo
E desfaço o que criei.

Arde a dor
Mas não deflagra
Se a cercar…
E sem pudor
Em meus dedos
Aconchegar.
Paro
Respiro
E Agarro…