sexta-feira, dezembro 16, 2005

Aquele dia


Na pureza da luz clara
O olhar de inocência de mar
Aquele dia
Dia de mais um dia entre mil
Em mil dias se respira um só
Aquele dia
Apenas aquele dia
Fez de mim tudo e nada
Negro e branco
A lua ficou nua porque a
Noite nasceu pura
999 Dias pálidos de contagem
Incerta…
Aquele dia, Aquele dia
Dia de azul, dia de rosa
Noite de pérola mágica
Dia de luar e estrelas
Aquele dia
Um dia entre tantos
Apenas aquele dia
Fez de mim tudo e nada
Sol e chuva
Vida e morte
Um dia entre mil
Onde a contagem mente
Um dia sincero e falso
Aquele dia
Um dia que queima e molha
Em ti encontrei esmeraldas
Em ti fecharam-se-mas as portas
Mas naquele dia
Naquele dia tudo se me abriu
Tudo se fez cor e magia
Para tudo se fechar
Um dia
Mil dias
De voz dissonante
Onde a contagem mente
Mil dias para um?
Aquele dia
Dia de tambores
Dia de sangue vivo
E plácida lágrima
Dia de clamor
Dia de raia
Apenas um?
Um de outros dias
Onde o céu não tem fim
Dias?
Breves horas conjugadas
Aquele dia

Um baloiço, aquele dia
Onde me encostei e adormeci
Pai dos filhos
Dia de todos os dias
A correr pelos campos
Uma criança, aquele dia
Eternamente...